Um evento raro e marcante

Cidade

Em 17 de julho de 1975, Curitiba amanheceu coberta por neve — um fenômeno excepcional que deixou a cidade “completamente branca”. Os termômetros chegaram a -2 °C, resultando em mais de três horas de precipitação intensa.

Fotógrafos amadores e profissionais registraram cenas marcantes: carros brancos de neve, praças e edifícios históricos cobertos pelo gelo — cenários raros em território tropical. Os registros capturam momentos na Rua XV de Novembro, Praça Santos Andrade, Teatro Paiol e UFPR.

A ocorrência se deu durante uma onda de frio intensa que atingiu grande parte do Sul do país. Palmas (SC) registrou -11,5 °C, enquanto Campinas experimentou a “geada negra”, que causou graves prejuízos ao café no Paraná.
Curitiba só teve um evento comparável em intensidade em 1928, quando nevou por dois dias.

Outras ocorrências de neve foram registradas em Curitiba em 2013 e, de forma leve, em agosto de 2020. No entanto, nenhuma teve o impacto visual e histórico da nevasca de 1975.

Apesar das mudanças climáticas, meteorologistas dizem que o fenômeno ainda é possível. O Município afirma que uma combinação de temperatura negativa, umidade e chuva fina pode novamente gerar neve, embora isso requeira condições climáticas excepcionais .

A neve de 1975 ficou marcada na memória coletiva. Manchetes como “Curitiba branca de neve” decoraram jornais locais. A imagem de famílias, crianças e profissionais se encantando com o raro espetáculo contribui para o imaginário da cidade até os dias atuais.

Meio século depois, o recorde da nevasca de 1975 continua a impressionar. As fotos resgatadas neste aniversário confirmam que, apesar de raro, o fenômeno ainda vive na lembrança dos curitibanos que presenciaram o dia em que a capital paranaense dormiu branca — um capítulo inesquecível de sua história climática.

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